Solidão, melancolia, ciúme – sentimentos universais e atemporais, palavras fundamentais para abraçar completamente a natureza humana. Estes são os temas a serem explorados neste thriller romântico. Tradicionalmente, todo relacionamento afetivo é construído sobre o jogo do dito e do não dito. Os amantes se revelam e, ao mesmo tempo, escondem quem realmente são, o que realmente pensam e fazem.

É aí que encontramos a estimulação e a angústia entre os amantes. A incapacidade de conhecer plenamente o outro é o que verdadeiramente nos encoraja e, ao mesmo tempo, nos assusta. Quando nos envolvemos com alguém, nosso desejo é conhecê-la, e em algum momento podemos até acreditar que o fazemos, embora sempre haja algo que permanecerá desconhecido: quem é ela quando não estou por perto?

E então, o que acontece quando encontramos provas materiais (diários, gravações etc.) revelando a verdade do outro? Revelando um lado que nunca havíamos imaginado? E se o outro não puder ser confrontado para se explicar? Estas são as principais perguntas que me inspiraram a fazer este filme sobre amor e perda: a perda do amado, experimentada através do luto, e a perda de quem pensávamos ser nosso amado, experimentada através da raiva.